A construção empírica com terra, conhecida entre nós através de edificações de pau-a-pique, entre outras, sempre foi largamente empregada em várias partes do mundo. Possuem, tais sistemas, limitações como a desagregação e rápida deterioração quando expostos à agentes agressivos externos, como a água de chuva (daí a necessidade de grandes beirais como ainda podemos observar em exemplares de nossa arquitetura colonial).
O desenvolvimento do conhecimento científico relacionado à Mecânica dos Solos, porém, abriu novas e promissoras possibilidades de utilização de métodos de construção com terra.
A designação solo-cimento, engloba a série de técnicas e sistemas construtivos pertinentes, os quais consistem, em resumo, da adição à terra, de elementos estabilizadores como: cimento, cal, fibras, etc. As proporções são definidas através da análise adequada dos materiais.
Com a mistura resultante, pode-se obter tijolos compactados ou prensados, ou ainda executar paredes monolíticas; produtos, todos eles de excelente desempenho, tanto do ponto de vista da economia, resistência e impermeabilidade, como de acondicionamento térmico.
Vale observar que a terra a ser utilizada pode ser aquela oriunda das escavações da própria construção, e que a moldagem dos tijolos, que podem ter a forma definida pelo projetista, é levada a efeito no canteiro de obra.